Missa do Galo - Lajes das Flores (HD)
Natal…
Por todo o Mundo e um pouco por toda a parte é celebrado o Natal… cada qual à sua maneira, cada sociedade comemora de acordo com as tradições, usos e costumes, que vem do passado, por vezes muito longínquo.
Na ilha das Flores não é exceção e, em quase todas as paróquias da ilha, é celebrada a Eucaristia da/na noite de Natal.
A vila das Lajes das Flores este ano abriu um precedente e transformou este acto religioso num caso inédito por estas paragens.
Uma ronda/rancho de Boas Festas percorreu uma das principais artérias da vila, saindo da parte mais afastada/alta da vila e pelo percurso, sempre a tocar e a cantar, foram juntando-se as pessoas que assim bem entenderam.
Ao chegar à Matriz da Vila, cujo orago é Nossa Senhora do Rosário, pararam na entrada durante uns minutos, para logo entrarem no seu interior sempre entoando a “moda” ensaiada para o efeito.
Durante a missa foi esta “Ronda” que acompanhou, musicalmente, os cânticos da celebração eucarística.
Durante toda a cerimónia religiosa, esteve patente um presépio vivo, com todo o detalhe levado em conta.
A cerimónia foi presidida pelo Sr. Padre Pedro Aguiar, levando assim a bom porto mais uma tradição da Igreja Católica.
Na batuta esteve o maestro, também ele padre, Eurico Caetano.
Mas para ficar a saber tudo, vejas as imagens captadas numa noite deslumbrante de inverno, lua cheia, céu limpo, sem vento e um frio contido mas a fazer marcar a sua presença.
Agradecimentos devidos a:
Igreja Matriz das Lajes,
Padres; Ruben Sousa, Pedro Aguiar e Eurico Caetano
Ronda/Rancho de Boas Festas das Lajes
José Nicolau
Obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens.
Obrigado
Mosteiro de Salzedas Tarouca 25 de Junho de 2010
DesMOSTEIRO DE SALZEDAS
Este Mosteiro, tal como o de S. João pertenceu à Ordem dos monges Bernardos. Deve-se, no seu início, Claustros do Mosteiro principalmente, a D. Teresa Afonso, segunda mulher de Egas Moniz. Segundo a tradição e a crónica de Cister, começou a edificação do Mosteiro de Salzedas, no sítio da Abadia Velha, junto de Ucanha; depois assentou-se que foi edificado sobre o rio Torno.
Geralmente afirma-se que o Mosteiro foi fundado no ano de 1167. Anos antes, porém, já ele tinha monges e abade. A Carta de Afonso Henriques, datada de 1163, pela qual doa o Couto de Algeriz a Teresa Afonso para que esta por sua vez o ofereça ao mosteiro de Salzedas, afirma que o possuam os que aí habitam sob a regra de S. Bento. E pela Carta de doação da Igreja de S. Martinho de Gaia, datada do mesmo ano, D. Afonso Henriques oferece esta mesma Igreja ao Abade João Nunes e seus sucessores. Destas doações se vê que em 1163, em Salzedas, já havia um Mosteiro com monges e abade que devia ter levado tempo a organizar-se. D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, viveu algum tempo em Salzedas, tendo como aia de seu filho, ainda infante, Teresa Afonso. As generosidades do nosso primeiro Rei para com o Mosteiro inspirou-as certamente a lembrança dos tempos que ali passou, e é o que parece deduzir-se das seguintes palavras da Carta de doação do Couto ao Mosteiro e Monges:
Damus Cautum de Algeris pro servitio qoud nobis fecistis. Teresa Afonso foi a alma desta instituição, chegando a albergar os frades em sua Vista parcial da vila de Salzedas e do mosteiro própria casa, enquanto corriam as obras do Mosteiro. Afinal morreu sem as ver concluídas, sepultando-a os monges sob um arco da Igreja e mandando-lhe gravar na campa laudatório epitáfio. Nada se sabe hoje do local da sua sepultura. Adscrito à Regra de S. Bento, o mosteiro de Salzedas, só depois de doado a João Cirita, em 1165, é que passou para os Bernardos.
Edificado sobre o rio Torno, depressa os seus monges agricultaram os subúrbios e formaram uma das mais lindas e férteis cercas da Beira. O seu Couto era muito extenso e no seu termo ficavam campos, lameiros, vinhas e hortas e até algumas povoações, sendo mais importante a Vila da Ucanha.
Rio Torno sob o Mosteiro Além do couto de Algeris teve doações de reis, como Sancho I, Afonso III, Pedro I e D. Manuel, que o tomou debaixo da sua protecção por Carta datada de Sintra; legaram-lhe quintas e casares; D. Flamula em 1258, Eldra Martins e outras donas e cavalheiros, como Vermundo Pais, Gonçalo Canileu, os Marialvas e o Bispo de Lamego; era donatário da Vila da Ucanha, Granja Nova, Vila Chã da Beira e S. Martinho de Mouros; e tinha o padroado das Igrejas, além das terras do limite do Couto, mais: Cimbres, Santa Leocádia, Paços de Tarouca. Tudo isto concorreu para o enorme poderio e para a sua colossal riqueza; e só tamanha riqueza explica a obra gigantesca que foi a sua Igreja e Convento.
A traça deste Mosteiro era enorme. Formavam-no vastas salas para hóspedes, grandes celeiros e cozinhas, longos dormitórios, botica, que foi afamada, e óptimas cavalariças. Mas a todas estas dependências avantajavam-se o claustro grande o pequeno a sala do Capítulo, que ainda hoje podemos ver e admirar. Os quatro dormitórios formavam um quadrado e no centro havia o jardim onde avultava enorme tanque.
De toda esta obra, além dos claustros, da casa do celeiro e de parte dum dormitório, quase nada resta. O que existe deve ser obra do século XVI a XVIII, talvez da iniciativa de D. Fernando I e D. Fernando II, abades do Mosteiro; aquele fundador do Hospital de Ucanha e este restaurador da sua ponte e torre.
Este Mosteiro teve a sorte do de S. João de Tarouca: foi extinto em 1834 e, desde então até há umas décadas atrás tem vindo a ser destruído.
IGREJA DE SALZEDAS
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P.e V. Moreira em Monografia do Concelho de Taroucacrição