MUSEU DE ARTE MODERNA ALOÍSIO MAGALHÃES | Pigmum
Às margens do Rio Capibaribe, no centro do Recife, está o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães. O MAMAM, como também é conhecido, recebe sempre exposições temporárias de arte e promove diversas atividades abertas ao público. Visite comigo! Inscreva-se no canal! =)
Acesse o blog:
Curta a página no Facebook:
Trilha:
'Um Dia Lindo de Morrer' | China
'Canção que Não Morre no Ar' | Eric Laurence
'Omission' | Huma-Huma
'Samba Verde' | Chá de Gim
Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães
Se inscreva no canal do Pernambuco é Aqui e fique por dentro de tudo o que está rolando em Pernambuco.
Acesse também o nosso site:
pernambucoeaqui.com.br
Aloísio Magalhães no Metrópolis! - 01/08/14
Veja o trabalho de um dos pioneiros do design moderno no Brasil, o artista plástico pernambucano Aloísio Magalhães.
Alguns discos essenciais da música brasileira são analisados e revistos em um livro. Os afro-sambas do Vinicius e do Baden está entre eles. Indiscutível!
Adriana Varejão no MAMAM
A exposição “Por uma retorica canibal”, em exibição no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), no Recife, reúne obras da artista visual Adriana Varejão. São pratos em grandes formatos, esculturas e pinturas produzidos por Adriana a partir da década de 1990, reinterpretando a arte da azulejaria portuguesa do Brasil Colonial.
Expo MAMAM
As exposições “Daniel Santiago em dois tempos” e “Bela Aurora do Recife” estão em cartaz no MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães) até 13 de agosto. A autoria das obras é dos artistas pernambucanos Daniel Santiago e Wilton de Souza.
Museu de Arte Moderna - Recife.
(Alcines Melo) Projeto luminotécnico à leds que desenvolvi e executei em setembro de 2009, para o Museu de Arte Moderna - Rua da Aurora- Recife - PE.
Foram utilizadas 11 luminárias Philips led line RGB, 01 interface data enabler e 01 controlador iplayer3.
alcines@gmail.com
Museu de Arte Popular - Alysson Goes - Recife
Inicialmente criado em 1986, na casa 11 do Pátio de São Pedro, o Museu de Arte Popular - MAP foi formado por obras advindas da Galeria Nega Fulô, da Galeria de Arte Aloísio Magalhães, além de peças artísticas de Mestre Vitalino. Hoje, o museu possui um dos mais importantes acervos do Estado, oferecendo ao morador e ao turistas exposições intinerantes.
Peter M. Bauer entrevista com Beatriz Castro Tv Globo Stuttgart Olinda Recife Brasil
Peter M. Bauer - Artista Plástico
Eu me apaixonei por Olinda, por sua luminosidade, por suas festas e seu povo com seu calor humano. A cidade me acolheu de braços abertos e sua magia me conquistou para sempre. Sua fascinante história que a gente vive na sua arquitetura, especialmente as igrejas, sua topografia, vegetação e a (oh!)linda vista do Alto da Sé, trazem para mim uma sensação maravilhosa de bem-estar e de fazer parte de algo transcendente, que vai além de suas fronteiras. Além disso, também me apaixonei pela cozinha pernambucana, com sua riqueza de pratos, especialmente as comidas típicas de milho e o delicioso bolo de rolo. A alegria, criatividade e o jeito amável do povo olindense é um patrimônio cultural que tenho orgulho de divulgar pelo mundo. Olinda me acolheu tão bem que sou muito feliz nesta cidade que não sinto saudades da Alemanha, terra onde nasci e me criei, nem sua cozinha, nem a cerveja, pois Olinda se tornou um verdadeiro lar, um lar que o coração escolheu. Viva Olinda!
DEPOIMENTO
Em Busca da Síntese
Marcus de Lontra Costa
O artista é o organizador do caos, o sistematizador das formas; ele dá sentido e rumo aos fenômenos da percepção visual criando um novo saber sobre o mundo através do olhar.
O trabalho de Peter M. Bauer são registros de uma determinada experiência, documentos visuais que se justificam e se completam através de uma produção seriada que tem por objetivo analisar e dissecar o tema proposto através de uma repetição progressiva que se projeta no tempo e no espaço.
Diante da realidade o artista age com um instrumental próximo às reportagens científicas, eliminando aspectos secundários e concentrando-se na força intrínseca do objeto fruto de análise. A síntese, aqui, é a ferramenta da razão, é a base de partida da ação da arte. Ver é ter à distância ensina-nos Merleau-Ponty. E o artista necessita desse distanciamento para apropriar-se do objeto de seu estudo.
Em todos os assuntos que compõem o repertório temático do artista as preocupações essencialmente cromáticas cedem lugar a alguns aspectos constitutivos do objeto em questão. O fundo é tratado como espaço neutro, com áreas chapadas cuja luminosidade remete-nos à luminosidade tropical e, também, a uma opção de clareza, destacando a matéria e a riqueza do elemento formal figurativo que parece, por vezes, querer abandonar o terreno pictórico para buscar afirmar-se no campo tridimensional, aspirando ao volume escultórico.
Artista com formação profissional européia, percebe-se o preciso conhecimento que dispõe sobre os materiais que trabalha. A ela, o artista acrescenta uma poética enamorada pela luz e lendas dos trópicos, em especial pelos mistérios e belezas de Olinda, cidade que escolheu para trabalhar e viver. Sem buscar o folclórico e evitando o barroquismo piegas que muitas vezes seduz o estrangeiro, Peter M. Bauer desenvolve uma obra contida na qual a beleza se revela de maneira suave e enigmática como o sorriso da Mona Lisa. Descobrir o mistério das coisas simples, eis o desafio maior para o ser contemporâneo, muitas vezes obrigado a imprimir um ritmo alucinante de vida em busca da histeria da novidade, imposição de uma sociedade determinada pela cultura da massa e pela ideologia da moda. Em meio a esse burburinho, o artista nos propõe uma arte que seja bela e simples como um copo de cerveja gelada, que excita os sentidos e provoca o pensamento. A arte, aqui, deve ser vista como um bálsamo visual para o corpo cansado das agruras do dia-a-dia, defendida por artistas do porte do genial Matisse. E nós devemos saudá-la com o prazer de um brinde. Saúde!
Marcus de Lontra Costa
Diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães Rua da Aurora - Recife - Pernambuco - Brasil
Recife, Agosto de 1999
Museu do Homem do Nordeste abriga acervo de 15 mil peças
Museu do Homem do Nordeste abriga acervo de 15 mil peças
VT MAMAM - ANTENAS 2015
O Rapper MC Gênio foi a grande atração da noite de encerramento da Exposição ANTENAS do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães
- MAMAM - Recife-PE.
Conheça o Museu de Arte Moderna de São Paulo
Museu de arte moderna
Sinais do inicio das dores...
Peter M. Bauer Exposição Museo do Estado de Pernambuco Recife Olinda Brasil Stuttgart
PETER M. BAUER Retrospectiva no Museu do Estado de Pernambuco, Recife, Olinda, Brasil 2001
Peter M. Bauer
Artista Plástico
“A simplicidadenão e simplis”
Perfil do Artista
Peter M. Bauer nasceu em Wolnzach/Bayern - Alemanha. Começou a trabalhar com artes plásticas em 1960 (aos 14 anos de idade), em Stuttgart, fazendo cerâmica, tapeçaria, batik (pintura em tecidos) e máscaras. Aperfeiçou sua técnica, durante quatro anos, com o mestre Gerhard Schmid e, durante três anos, com Dodo Kroner. A partir de 1967, começa a dedicar-se exclusivamente à pintura. Em 1970, adquire e domina uma técnica bem própria, deixando a temática de retratos de figuras humanas para incursionar detalhes da fauna e da flora. São peixes, pássaros, frutas e folhas, que mantém e aperfeiçoa até hoje, em várias tamanhos, desde o mini quadro até o de maiores dimensões.
Quando passou as férias em Pernambuco, Brasil, em 1987, Peter M. Bauer descobriu o encanto e a magia de Olinda. Apaixonou-se pela cidade e veio morar nela, dividindo-se entre Stuttgart - onde trabalhava e residia - e Olinda, alimentando o sonho de vir morar na Cidade Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade. Finalmente, isso aconteceu em 1999, definitivamente, com a inauguração do seu ateliê em Olinda, Pernambuco, Brasil. Peter M. Bauer sempre teve uma participação muito ativa no movimento e no mercado de artes plásticas da Alemanha, realizando várias exposições itinerantes em diversos centros da Alemanha, em Nova Iorque e San Francisco (individual), nos EUA. Os quadros deste artista fazem parte do acervo de colecionadores de várias partes do mundo, e também de museus e galerias da Europa. No Brasil, realizou quatro mostras individuais de grande sucesso: na Patrymony Corpo e Arte (1995), Shopping Center Guararapes (1996), Oficina do Sabor/Olinda (1998) e na inauguração do seu ateliê, em Olinda/PE (1999). Tem como produtor cultural o crítico de arte e jornalista Valdi Coutinho, também artista plástico e teatrólogo.
DEPOIMENTO de Marcus de Lontra Costa
Em Busca da Síntese
O artista é o organizador do caos, o sistematizador das formas; ele dá sentido e rumo aos fenômenos da percepção visual criando um novo saber sobre o mundo através do olhar.
O trabalho de Peter M. Bauer são registros de uma determinada experiência, documentos visuais que se justificam e se completam através de uma produção seriada que tem por objetivo analisar e dissecar o tema proposto através de uma repetição progressiva que se projeta no tempo e no espaço.
Diante da realidade o artista age com um instrumental próximo às reportagens científicas, eliminando aspectos secundários e concentrando-se na força intrínseca do objeto fruto de análise. A síntese, aqui, é a ferramenta da razão, é a base de partida da ação da arte. Ver é ter à distância ensina-nos Merleau-Ponty. E o artista necessita desse distanciamento para apropriar-se do objeto de seu estudo.
Em todos os assuntos que compõem o repertório temático do artista as preocupações essencialmente cromáticas cedem lugar a alguns aspectos constitutivos do objeto em questão. O fundo é tratado como espaço neutro, com áreas chapadas cuja luminosidade remete-nos à luminosidade tropical e, também, a uma opção de clareza, destacando a matéria e a riqueza do elemento formal figurativo que parece, por vezes, querer abandonar o terreno pictórico para buscar afirmar-se no campo tridimensional, aspirando ao volume escultórico.
Artista com formação profissional européia, percebe-se o preciso conhecimento que dispõe sobre os materiais que trabalha. A ela, o artista acrescenta uma poética enamorada pela luz e lendas dos trópicos, em especial pelos mistérios e belezas de Olinda, cidade que escolheu para trabalhar e viver. Sem buscar o folclórico e evitando o barroquismo piegas que muitas vezes seduz o estrangeiro, Peter M. Bauer desenvolve uma obra contida na qual a beleza se revela de maneira suave e enigmática como o sorriso da Mona Lisa. Descobrir o mistério das coisas simples, eis o desafio maior para o ser contemporâneo, muitas vezes obrigado a imprimir um ritmo alucinante de vida em busca da histeria da novidade, imposição de uma sociedade determinada pela cultura da massa e pela ideologia da moda. Em meio a esse burburinho, o artista nos propõe uma arte que seja bela e simples como um copo de cerveja gelada, que excita os sentidos e provoca o pensamento. A arte, aqui, deve ser vista como um bálsamo visual para o corpo cansado das agruras do dia-a-dia, defendida por artistas do porte do genial Matisse. E nós devemos saudá-la com o prazer de um brinde. Saúde!
Marcus de Lontra Costa
Diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães Rua da Aurora - Recife - Pernambuco - Brasil
Peter M. Bauer Entrevista Tv Globo Olinda Recife Stuttgart Pernambuco Brasil
Peter M. Bauer - Artista Plástico
Eu me apaixonei por Olinda, por sua luminosidade, por suas festas e seu povo com seu calor humano. A cidade me acolheu de braços abertos e sua magia me conquistou para sempre. Sua fascinante história que a gente vive na sua arquitetura, especialmente as igrejas, sua topografia, vegetação e a (oh!)linda vista do Alto da Sé, trazem para mim uma sensação maravilhosa de bem-estar e de fazer parte de algo transcendente, que vai além de suas fronteiras. Além disso, também me apaixonei pela cozinha pernambucana, com sua riqueza de pratos, especialmente as comidas típicas de milho e o delicioso bolo de rolo. A alegria, criatividade e o jeito amável do povo olindense é um patrimônio cultural que tenho orgulho de divulgar pelo mundo. Olinda me acolheu tão bem que sou muito feliz nesta cidade que não sinto saudades da Alemanha, terra onde nasci e me criei, nem sua cozinha, nem a cerveja, pois Olinda se tornou um verdadeiro lar, um lar que o coração escolheu. Viva Olinda!
DEPOIMENTO
Em Busca da Síntese
Marcus de Lontra Costa
O artista é o organizador do caos, o sistematizador das formas; ele dá sentido e rumo aos fenômenos da percepção visual criando um novo saber sobre o mundo através do olhar.
O trabalho de Peter M. Bauer são registros de uma determinada experiência, documentos visuais que se justificam e se completam através de uma produção seriada que tem por objetivo analisar e dissecar o tema proposto através de uma repetição progressiva que se projeta no tempo e no espaço.
Diante da realidade o artista age com um instrumental próximo às reportagens científicas, eliminando aspectos secundários e concentrando-se na força intrínseca do objeto fruto de análise. A síntese, aqui, é a ferramenta da razão, é a base de partida da ação da arte. Ver é ter à distância ensina-nos Merleau-Ponty. E o artista necessita desse distanciamento para apropriar-se do objeto de seu estudo.
Em todos os assuntos que compõem o repertório temático do artista as preocupações essencialmente cromáticas cedem lugar a alguns aspectos constitutivos do objeto em questão. O fundo é tratado como espaço neutro, com áreas chapadas cuja luminosidade remete-nos à luminosidade tropical e, também, a uma opção de clareza, destacando a matéria e a riqueza do elemento formal figurativo que parece, por vezes, querer abandonar o terreno pictórico para buscar afirmar-se no campo tridimensional, aspirando ao volume escultórico.
Artista com formação profissional européia, percebe-se o preciso conhecimento que dispõe sobre os materiais que trabalha. A ela, o artista acrescenta uma poética enamorada pela luz e lendas dos trópicos, em especial pelos mistérios e belezas de Olinda, cidade que escolheu para trabalhar e viver. Sem buscar o folclórico e evitando o barroquismo piegas que muitas vezes seduz o estrangeiro, Peter M. Bauer desenvolve uma obra contida na qual a beleza se revela de maneira suave e enigmática como o sorriso da Mona Lisa. Descobrir o mistério das coisas simples, eis o desafio maior para o ser contemporâneo, muitas vezes obrigado a imprimir um ritmo alucinante de vida em busca da histeria da novidade, imposição de uma sociedade determinada pela cultura da massa e pela ideologia da moda. Em meio a esse burburinho, o artista nos propõe uma arte que seja bela e simples como um copo de cerveja gelada, que excita os sentidos e provoca o pensamento. A arte, aqui, deve ser vista como um bálsamo visual para o corpo cansado das agruras do dia-a-dia, defendida por artistas do porte do genial Matisse. E nós devemos saudá-la com o prazer de um brinde. Saúde!
Marcus de Lontra Costa
Diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães Rua da Aurora - Recife - Pernambuco - Brasil
Recife, Agosto de 1999
Artista que desenhou dinheiro brasileiro é tema de exposição
Designer, artista plástico e administrador público, o pernambucano Aloisio Magalhães (1927-1982) é tema da 19ª edição do projeto Ocupação, do Itaú Cultural, que tem início neste fim de semana.
Cerca de 70 itens compõem a mostra, que revê identidades visuais que celebrizaram um dos marcos do modernismo gráfico no Brasil, além de jogar luz sobre produções em outras áreas, principalmente a pintura.
---------------------------------------------------------------
Produção: Douglas Lambert
Fotografia e reportagem: Isadora Brant
Edição: Bia Bittencourt
---------------------------------------------------------------
Assine nosso canal:
Leia mais em
Facebook:
Museu de Arte Contemporânea (MAC-PE)
Conheça mais sobre a história do Museu de Arte Contemporânea (MAC-PE), localizado na cidade histórica de Olinda, patrimônio cultural de Pernambuco. O espaço é controlado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Visitando o Museu da abolição no Recife
Museu da abolição no Recife bairro da Madalena entrada gratuita aberto das 9 às 18 horas. Visite é conheça a maravilhosa cultura negra mundial.
Peter M. Bauer no Museu do Estado de Pernambuco Recife Olinda Stuttgart - 6
Essay
O Caminho da Síntese
Próximo da Inocência
Marco Polo (*)
De Stuttgart a Olinda, da adolescência à maturidade, há um fio condutor na vida de Peter M. Bauer: a arte. Como o amante da época romântica, que à amada tudo dá sem nada esperar de volta, Peter tem orientado sua vida no sentido de expressar sua visão artística, sem ter que se preocupar de viver disso. Começando pela pintura, passando para a cerâmica, depois a colagem, investindo na tapeçaria e, em definitivo, retornando à sua primeira linguagem, em todo o tempo o artista esteve preocupado apenas em fazer a sua arte. E de tal forma foi apegado a isso, que sempre manteve uma atividade paralela que suprisse suas necessidades materiais, para que sua arte estivesse comprometida só com ela mesma, e nada mais.
Assim, em Stuttgart, onde era auditor do estado; assim, em Olinda, onde tem uma pousada. Que serve também como galeria para seus quadros, é certo. Mas aqui ele vai logo avisando, para evitar equívocos, que não faz souvenir para turistas. É a reafirmação do seu zelo pela independência de seu trabalho artístico. O visitante vai levar uma obra de arte, não uma peça de artesanato folclórico.
Peter veio da Alemanha, apaixonou-se por Olinda, e agora se considera, com propriedade, um artista da terra. Deixou notoriedade e boas vendas na Europa. Ao contrário de tanta gente que daria um braço para ser famoso lá fora, ele quer ser reconhecido aqui. Quer retribuir, com suas arte, a terra que iluminou sua paleta. E nisso dá uma lição de sabedoria: o importante, para o artista, deve ser a sua expressão e a visibilidade disso no lugar onde ele mora. O resto vem depois.
Essa fidelidade teutônica a seus princípios – apesar de “olindizado”, Peter continua sendo um europeu – também se reflete no seu percurso artístico. Acompanhando-lhe a trajetória, percebe-se que desde o início ela aponta para algumas constantes: a simplificação das formas, as cores chapadas, uma certa fantasia caricatural. Um aparente fazer simples. Aparente, sim, porque é um simples com muitos “esses”. Os muitos “esses” do que ultrapassa a superfície da sofisticação para alcançar os nervos da essência. A verdadeira arte é tão simples quanto difícil.
Essa retrospectiva mostra como o artista vem minimalizando seus recursos. Em seus polvos, flores, bichos inventados, o supérfluo é de tal forma desbastado que algumas figuras beiram a abstração. Em perspectiva, ver esse trabalho desde seu início até agora dá a sensação, sempre saudável, de que é uma obra e m progresso, a caminho de uma síntese cada vez mais próxima do gesto inocente. O maduro europeu Peter M. Bauer, sem trair a si próprio, vai despindo cada vez mais o peso de velhas tradições e erudições, para alcançar, como um Adão olindense, puro e nu, a arte essencial que vem perseguindo desde a adolescência.
(*) Marco Polo
Jornalista, ex-diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, Pernambuco, Brasil, no período 1999 - 2001
Candeias – Pernambuco - Brasil, Julho de 2001
Peter M. Bauer no Museu do Estado de Pernambuco Recife Olinda Stuttgart - 5
Essay
O Caminho da Síntese
Próximo da Inocência
Marco Polo (*)
De Stuttgart a Olinda, da adolescência à maturidade, há um fio condutor na vida de Peter M. Bauer: a arte. Como o amante da época romântica, que à amada tudo dá sem nada esperar de volta, Peter tem orientado sua vida no sentido de expressar sua visão artística, sem ter que se preocupar de viver disso. Começando pela pintura, passando para a cerâmica, depois a colagem, investindo na tapeçaria e, em definitivo, retornando à sua primeira linguagem, em todo o tempo o artista esteve preocupado apenas em fazer a sua arte. E de tal forma foi apegado a isso, que sempre manteve uma atividade paralela que suprisse suas necessidades materiais, para que sua arte estivesse comprometida só com ela mesma, e nada mais.
Assim, em Stuttgart, onde era auditor do estado; assim, em Olinda, onde tem uma pousada. Que serve também como galeria para seus quadros, é certo. Mas aqui ele vai logo avisando, para evitar equívocos, que não faz souvenir para turistas. É a reafirmação do seu zelo pela independência de seu trabalho artístico. O visitante vai levar uma obra de arte, não uma peça de artesanato folclórico.
Peter veio da Alemanha, apaixonou-se por Olinda, e agora se considera, com propriedade, um artista da terra. Deixou notoriedade e boas vendas na Europa. Ao contrário de tanta gente que daria um braço para ser famoso lá fora, ele quer ser reconhecido aqui. Quer retribuir, com suas arte, a terra que iluminou sua paleta. E nisso dá uma lição de sabedoria: o importante, para o artista, deve ser a sua expressão e a visibilidade disso no lugar onde ele mora. O resto vem depois.
Essa fidelidade teutônica a seus princípios – apesar de “olindizado”, Peter continua sendo um europeu – também se reflete no seu percurso artístico. Acompanhando-lhe a trajetória, percebe-se que desde o início ela aponta para algumas constantes: a simplificação das formas, as cores chapadas, uma certa fantasia caricatural. Um aparente fazer simples. Aparente, sim, porque é um simples com muitos “esses”. Os muitos “esses” do que ultrapassa a superfície da sofisticação para alcançar os nervos da essência. A verdadeira arte é tão simples quanto difícil.
Essa retrospectiva mostra como o artista vem minimalizando seus recursos. Em seus polvos, flores, bichos inventados, o supérfluo é de tal forma desbastado que algumas figuras beiram a abstração. Em perspectiva, ver esse trabalho desde seu início até agora dá a sensação, sempre saudável, de que é uma obra e m progresso, a caminho de uma síntese cada vez mais próxima do gesto inocente. O maduro europeu Peter M. Bauer, sem trair a si próprio, vai despindo cada vez mais o peso de velhas tradições e erudições, para alcançar, como um Adão olindense, puro e nu, a arte essencial que vem perseguindo desde a adolescência.
(*) Marco Polo
Jornalista, ex-diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, Pernambuco, Brasil, no período 1999 - 2001
Candeias – Pernambuco - Brasil, Julho de 2001
Peter M. Bauer de Stuttgart para Olinda no Museu do Estado de Pernambuco Recife - Parte 4
Essay
O Caminho da Síntese
Próximo da Inocência
Marco Polo (*)
De Stuttgart a Olinda, da adolescência à maturidade, há um fio condutor na vida de Peter M. Bauer: a arte. Como o amante da época romântica, que à amada tudo dá sem nada esperar de volta, Peter tem orientado sua vida no sentido de expressar sua visão artística, sem ter que se preocupar de viver disso. Começando pela pintura, passando para a cerâmica, depois a colagem, investindo na tapeçaria e, em definitivo, retornando à sua primeira linguagem, em todo o tempo o artista esteve preocupado apenas em fazer a sua arte. E de tal forma foi apegado a isso, que sempre manteve uma atividade paralela que suprisse suas necessidades materiais, para que sua arte estivesse comprometida só com ela mesma, e nada mais.
Assim, em Stuttgart, onde era auditor do estado; assim, em Olinda, onde tem uma pousada. Que serve também como galeria para seus quadros, é certo. Mas aqui ele vai logo avisando, para evitar equívocos, que não faz souvenir para turistas. É a reafirmação do seu zelo pela independência de seu trabalho artístico. O visitante vai levar uma obra de arte, não uma peça de artesanato folclórico.
Peter veio da Alemanha, apaixonou-se por Olinda, e agora se considera, com propriedade, um artista da terra. Deixou notoriedade e boas vendas na Europa. Ao contrário de tanta gente que daria um braço para ser famoso lá fora, ele quer ser reconhecido aqui. Quer retribuir, com suas arte, a terra que iluminou sua paleta. E nisso dá uma lição de sabedoria: o importante, para o artista, deve ser a sua expressão e a visibilidade disso no lugar onde ele mora. O resto vem depois.
Essa fidelidade teutônica a seus princípios – apesar de “olindizado”, Peter continua sendo um europeu – também se reflete no seu percurso artístico. Acompanhando-lhe a trajetória, percebe-se que desde o início ela aponta para algumas constantes: a simplificação das formas, as cores chapadas, uma certa fantasia caricatural. Um aparente fazer simples. Aparente, sim, porque é um simples com muitos “esses”. Os muitos “esses” do que ultrapassa a superfície da sofisticação para alcançar os nervos da essência. A verdadeira arte é tão simples quanto difícil.
Essa retrospectiva mostra como o artista vem minimalizando seus recursos. Em seus polvos, flores, bichos inventados, o supérfluo é de tal forma desbastado que algumas figuras beiram a abstração. Em perspectiva, ver esse trabalho desde seu início até agora dá a sensação, sempre saudável, de que é uma obra e m progresso, a caminho de uma síntese cada vez mais próxima do gesto inocente. O maduro europeu Peter M. Bauer, sem trair a si próprio, vai despindo cada vez mais o peso de velhas tradições e erudições, para alcançar, como um Adão olindense, puro e nu, a arte essencial que vem perseguindo desde a adolescência.
(*) Marco Polo
Jornalista, ex-diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, Pernambuco, Brasil, no período 1999 - 2001
Candeias – Pernambuco - Brasil, Julho de 2001