Fabrica Rheingantz e Vila Operaria

Rheingantz já tem primeira etapa de projeto de restauro concluída.

O projeto da primeira fase de restauro das instalações da antiga indústria de tecidos Rheingantz está concluído. O objeto dessa etapa é o prédio onde funcionava o escritório central da fábrica. Agora, deve ser encaminhado para apreciação da Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE). Após a aprovação, a obra poderá ser iniciada pela empresa Innovar, que adquiriu, em 2012, o espaço antes destinado às atividades fabris por 15 milhões de reais, através de leilão realizado pela Justiça Federal.

O Complexo Industrial Rheingantz foi erguido no século XIX. Os prédios foram sede de uma das maiores fábricas de tecido do país, símbolo de um ciclo econômico de significativa relevância para a cidade. Em 2012, a área foi tombada como patrimônio histórico, após uma ação do Ministério Público estadual que condenava o município e o estado a tomarem essa iniciativa. Além do espaço da fábrica, esse processo também contemplou a Vila Operária, o Cassino dos Mestres e o antigo Sítio Ferroviário de Rio Grande. Ainda no mesmo ano, a empresa do norte gaúcho Innovar arrematou o local que abrigava a fábrica com a intenção de fazer um novo bairro na cidade. Por se tratar de um patrimônio histórico tombado, há uma série de condicionantes para que o ente privado tenha a possibilidade de empreender no local, estabelecidos em um termo de ajustamento de conduta assinado com o ministério público em outubro do ano passado. A empresa é obrigada a fazer o restauro de todos os prédios históricos do complexo.

O Repercute conversou com o promotor estadual José Alexandre Zachia Alan que nos apresentou os detalhes do processo e nos explicou o papel do Ministério Público na garantia da preservação desse patrimônio.