Jornalista entrevista estátua de Fernando Pessoa em Portugal rss
E neste papo ele me contou o seguinte:
Que a Brasileira do Chiado abriu as suas portas ao público a 19 de Novembro de 1905, vendendo o “genuíno café do Brasil”.
Adriano Telles, O fundador, vivera bastante tempo no Brasil, mantendo aí contatos que lhe permitiam importar café e outros produtos do Brasil sem dificuldade.
Três anos depois, o sucesso do estabelecimento levou a que se construísse uma Sala de Café, uma novidade para a época e que rapidamente se tornou local de encontro obrigatório da elite da cidade de Lisboa.
Advogados, médicos, jornalistas, artistas (entre eles Fernando Pessoa e Almada Negreiros), revolucionários e estudantes ali se juntavam para beber café e conversar.
E quem passa pela Brasileira do Chiado na Rua Garrett, não fica indiferente à minha estátua sentado numa das mesas da esplanada.
Principalmente os visitantes de Lisboa, raro é o que não se senta ao meu lado para tirar uma fotografia e levar de recordação.
ESTÁTUA DE FERNANDO PESSOA EM LISBOA - PORTUGAL
ESTÁTUA DE FERNANDO PESSOA EM LISBOA - PORTUGAL
Escultura de Fernando Pessoa ( escritor português ) no Chiado em Lisboa
Fernando António Nogueira Pessoa foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português. Fernando Pessoa é o mais universal poeta português
Estátua FERNANDO PESSOA - Chiado
LISBOA DO SÉCULO XVII a mais deliciosa terra do mundo.mp4
Ao longo de Outubro e Novembro de 2008 (faz agora exactamente um ano) esteve patente no Gabinete de Estudos Olisiponenses, a exposição LISBOA DO SÉCULO XVII - a mais deliciosa terra do mundo. Fazendo parte do programa comemorativo do quarto centenário do nascimento do padre António Viera, esta exposição organizada pelo GEO reuniu, de forma integrada, cerca de oitenta imagens e apresentou vinte e um livros que abordam a cidade no século XVII. Raridades que em grande parte pertenceram ao valiosíssimo acervo do mestre olisipógrafo Augusto Viera da Silva e integram, agora, os espólios do Museu da Cidade e do Gabinete de Estudos Olisiponenses, facultando-nos de forma sistemática a visão que se tinha da Lisboa Seiscentista.
Este documentário realizado pela Videoteca Municipal convida-nos a revisitar, de forma muito bela e extraordinária (quase mágica) o percurso dessa exposição que celebrou o nascimento famoso jesuíta que à sua querida Lisboa chamava a mais deliciosa terra do mundo
PRODUÇÃO Videoteca Municipal REALIZAÇÃO Miguel Pité
A colocação deste vídeos no meu canal deve-se ao fato de achar que a cultura deve se dar a conhecer a todos e não só às elites. Aqui deixo dados sobre o local de onde foram retirados, que aliás deve ser visitado pela qualidade do material que encerra.
Caso os detentores dos direitos sobre este material achem que devem ser retirados apenas posso lamentar que sejam contra a divulgação da cultura. Sabemos bem a dificuldade de este material chegar às pessoas pelos meios normais, TV Rádio e Jornais.
CULTURA PARA TODOS
/videotecalisboa.org/
Portugal - Coimbra - Casa museu Bissaya Barreto
Portugal - Coimbra
[4K] LISBON, PORTUGAL WALKING TOUR- Restaurant and shopping area
How do we afford to travel so often? We're lucky enough to stay for almost free in every city, using
Explore Lisbon's central shopping and restaurant area as if you were there, in this 4k tour.
We start at the intersection of Largo do Chiado and R.Garrett, in the district of Baixa-Chiado by the entrance to the Chiado Metro station.
We walk past two famous statues, Escultura de Fernando Pessoa and Estátua de António Ribeiro before heading down this pretty Lisbon shopping area.
Sometimes, one of the best things to do in Lisbon is to walk it's charming streets. The Bertrand Bookshop on the corner of R. Anchieta is covered in stunning blue tiles, and it leads us down to the Armazéns do Chiado shopping centre at the end of the street.
Here we turn left down R. do Carmo to see the famous Santa Justa Lift (Elevador de Santa Justa) crossing above us.
Folowing R. de Santa Justa we cross the busy R. Áurea and head down Rua dos Correiros - where we see some great restaurants and more beautiful tiled buildings.
Turning onto R. Augusta with it's intricately tiled pavement, our eye is led towards the great arch known as Arco da Rua Augusta.
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Fernando Pessoa no Chiado
Fala Portugal - Jovem tira selfie e destrói estátua de D. Sebastião
SEM PALAVRAS
Video-Poema inspirado na escultura de Fernando Pessoa, localizada no Bairro do Chiado, Lisboa.
GOETHE-PESSOA-PROJEKT, RTP2, Rádio e Televisão de Portugal, Jornal das 9, 18.11.1991, Lissabon
GOETHE | PESSOA
Am 18. Oktober 1991 enthüllte der portugiesische Staatspräsident Dr. Mário Soares die beiden Plastiken der Dichter Johann Wolfgang von Goethe und Fernando Pessoa. Sie stehen in der Deutschen Schule Lissabon als Zeichen der Begegnung deutscher und portugiesischer Kultur. Die Plastiken sind das Ergebnis eines kunstpädagogischen Projekts, das von 24 Schülerinnen und Schülern einer Kunst-Arbeitsgemeinschaft unter Leitung des Bildhauers Professor Karl-Eckhard Carius realisiert wurde.
Siehe Projekt auf Website:
Ideia/ Idea - Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
Apresentação do poema Ideia- Às vezes tenho ideias felizes..., de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.
Poem Idea- Sometimes I have happy ideas..., from Álvaro de Campos, heteronym of Fernando Pessoa.
Escultura / Sculpture - La pensée, de A. Rodin.
Som/ Sound - Echoes, de Vangelis.
Lisbon Stories - Almada Route
Almada Negreiros
(1893-1970)
An artist with a yearning for the future
When the Calouste Gulbenkian Foundation (Lisbon) assembled over 400 works for a major exhibition to commemorate the 120th anniversary of Almada Negreiros’s birth, one of the aspects that most impressed visitors was the diversity of work he produced.
Painting, ceramics, mosaics, stained glass, drawings, caricature, scenography, film, plays, literature, poetry, essays, dramaturgy and ballets were the “instruments” the artist used to compose one of the most remarkable “scores” in 20th-century Portugal.
A man of his era, the art he left us reflected not just his innate talent, but also the influence of the Modernist movement, which was born at the start of the last century and endured, in Portugal, until the 1970s. The Modernists advocated an unrestricted, non-compartmentalised art in which techniques could intermix freely to create something new.
This incessant quest was the key to its “extraordinary artistic dispersal”, as its surprising eclecticism was described at the time. Not by chance, two years before his death, at 75, Almada created a mural entitled Começar [Beginning] for the Gulbenkian Foundation. More than a title for a new artwork, Começar is a statement. It reveals the attitude to life of this intrepid Portuguese Modernist, who was also a leading figure of the Futurist movement which urged a break with the past and a celebration of modern technology and geometry, the artistic expression of mathematics.
Born in São Tomé and Príncipe on 7th April 1893, José Sobral de Almada Negreiros moved to Lisbon with his family as a child, where he spent most of his life. He went to a Jesuit-run school where he developed an interest in the classics, but he never had any formal training in the arts.
Even without encouragement, his vocation soon became evident. His first works were humorous drawings and his first signed work dates from 1911. As a youth, he frequented the debates in the Baixa district of Lisbon and became familiar with leading figures in the art world and intelligentsia, such as the poets Fernando Pessoa and Mário de Sá Carneiro, and the painters Amadeo de Souza-Cardoso and Santa Rita Pintor. With them, he formed the Orpheus Group, responsible for the introduction of Modernism in the Portuguese arts and letters.
While still a young man (1919), Almada was drawn to Paris where the Modernist movement was in full swing. For about a year, he wrote and painted there while doing a wide variety of jobs to sustain himself.
He only left Portugal again in 1927, when he settled in Madrid. During that time, he socialised with the poet Garcia Lorca, the filmmaker Luís Buñuel, and met Marinetti, the founder of Futurism. During his stay in Spain, he created artwork for the Ciudad Universitaria de Madrid and was responsible for decorating the San Carlos and Barceló cinemas and the Muñoz Seca Theatre.
Though irreverent and, as a leading member of the Orpheus Group, set on giving “public taste a slap in the face”, as the Russian poet Mayakovsky, one of Modernism’s advocates, proclaimed, Almada Negreiros was never a political activist. An important part of his work was commissioned by architects and engineers working for Portugal’s dictatorial Estado Novo (New State) (1926-1974), such as Duarte Pacheco and Pardal Monteiro, but through it contributed decisively to the building of 20th-century Portugal.
Dia Mundia da Poesia - Casa Fernando Pessoa - Lisboa
O projeto Caixa de Pandora, que é constituído por Rui Filipe, no piano, Cindy Gonçalves, no violino, e Sandra Martins, no violoncelo, que apresenta um repertório próprio que orbita entre os ambientes de paisagens cinéfilas e a escultura sonora de estética contemporânea.
POETAS EM CERÂMICA NO BORDALO PINHEIRO
Inaugurou em 6 de dezembro no Museu Bordalo Pinheiro a exposição Poetas Como Nós, uma inédita e divertida mostra de figuras em cerâmica de poetas portugueses criadas pelo conhecido cartoonista Zé Dalmeida. Humor e criatividade com peças que retratam conhecidos poetas portugueses e estão patentes naquele espaço até 1 de março de 2014, com entrada livre.
LISBOA, MONUMENTO AO DESCOBRIMENTO LISBOA, PORTUGAL, 2017
LISBOA, MONUMENTO AO DESCOBRIMENTO LISBOA, PORTUGAL, 2017
O Padrão dos Descobrimentos (ou Monumento aos Descobrimentos; ou Monumento aos Navegantes) localiza-se na freguesia de Belém, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal. A conceção arquitetónica é de Cottinelli Telmo e as esculturas são de Leopoldo de Almeida.
Em posição destacada na margem direita do rio Tejo, o monumento original, em materiais perecíveis, foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português para homenagear as figuras históricas envolvidas nos Descobrimentos portugueses. A réplica atual, em betão e pedra, é posterior, tendo sido inaugurada em 1960.
O monumento foi pensado inicialmente por Cottinelli Telmo como uma homenagem ao Infante D. Henrique, na sequência de vários projetos e concursos para Sagres, realizados ao longo dos anos sem que nenhum chegasse a ser construído. Por ocasião da Exposição do Mundo Português, 1940 – de que Cottinelli Telmo foi arquiteto-chefe –, transformou-se em Padrão dos Descobrimentos, celebrando não apenas o Infante mas também os seus colaboradores e seguidores. Concebido por Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida (autor da estatuária) para essa grande exposição, o monumento inicial foi realizado no curto espaço de tempo de oito meses. Feito de materiais perecíveis, foi desmontado em 1958 e reconstruído nos anos imediatos, em betão e pedra de lioz, por decisão de Salazar que, por ocasião do 5º centenário do Infante, contrariou o resultado de mais um concurso henriquino para Sagres (ganho em 1955 por um projeto notável de uma equipa formada por João Andresen, Barata Feyo e Júlio Resende). O Padrão dos descobrimentos seria erguido no local de implantação original, em Belém, com orçamento inferior ao desse concurso.
Considerado uma peça emblemática da Exposição do Mundo Português, o grito da exposição e uma síntese do nosso passado glorioso (roteiro da época), o Padrão dos Descobrimentos foi amplamente elogiado (Fernando de Pamplona, Ocidente, 1941; Costa Lima, Brotéria; etc.), mesmo por vozes dissonantes como a de Adriano de Gusmão (O Diabo, 16-11-1940), que já nessa ocasião desejou, como outros, vê-lo para sempre transposto para o mármore ou granito. Erguido em definitivo algo fora de tempo, esteticamente desfasado da evolução das artes nos vinte anos entretanto decorridos, o monumento atual foi inaugurado em 1960 no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique.
Em 1985 o interior foi remodelado, dotando o Padrão de um miradouro, auditório e salas de exposições. O Padrão foi então inaugurado como Centro Cultural das Descobertas.
Visita guiada pelo Dr Alexandre Pais - Azulejo na Visao dos Artistas Romenos
O Instituto Cultural Romeno em Lisboa inaugurou no dia 6 de outubro de 2016, na sua sede da Rua do Barão nº 10 (em Alfama), a exposição „Azulejo, na visão dos artistas romenos, que integra obras de pintura, gráfica, escultura, cerâmica e fotografia, de artistas romenos consagrados e emergentes.
Através desta exposição, o Instituto Cultural Romeno propõe ao público português (com base no modelo inaugurado em 2014, da exposição As Máscaras do Poeta - homenagem a Fernando Pessoa) um novo diálogo entre as duas culturas dos extremos da latinidade. Desta vez, um elemento pertencendo ao património histórico, fundamental para a compreensão do fenómeno artístico português, é revisitado pelos artistas romenos de uma forma contemporânea, sobre a qual se sobrepõem as suas próprias visões e sensibilidades.
Azulejo, na visão dos artistas romenos integra mais de 90 trabalhos realizados em diversas técnicas e propostos por cerca de 70 artistas plásticos romenos de vários domínios artísticos. A inauguração contará com a presença da Corina Duma, curadora da exposição, e deAlexandre Nobre Pais, crítico de arte, historiador e curador no Museu Nacional do Azulejo de Lisboa, que realizará uma visita guiada à exposição.
A exposição estará patente até 31 de outubro de 2016 e poderá ser visitada no seguinte horário: de segunda à sexta, das 10h00 às 17h00.
Institutul Cultural Român de la Lisabona a inaugurat în data de 6 octombrie 2016, la sediul său din Rua do Barão nr. 10, expoziția „Azulejo, în viziunea artiștilor români, alcătuită din lucrări de pictură, grafică, sculptură, ceramică și fotografie, ale unor artiști români consacrați sau în curs de afirmare.
Prin intermediul acestei expoziții, ICR Lisabona propune publicului portughez (după modelul inaugurat în 2014 prin care s-a realizat expoziţia „Măştile poetului - omagiu pentru Fernando Pessoa) un nou dialog între cele două culturi de la extremele latinităţii. De această dată, un element aparţinând patrimoniului istoric, fundamental pentru înţelegerea fenomenului artistic portughez, este revizitat de artiştii români într-o manieră contemporană, la care vor adăuga propriile viziuni şi sensibilităţi.
Pe simeze se vor afla mai mult de 90 de lucrări în tehnici foarte diverse, propuse de aproape 70 de plasticieni din toate domeniile artistice. Vernisajul va avea loc în prezența Corinei Duma, curatoarea expoziției și a lui Alexandre Nobre Pais, curator la Museu Nacional do Azulejo și istoric de artă portughez, care va realiza o vizită ghidată a expoziției.
Expoziția va putea fi vizitată până pe data de 31 octombrie 2016, de luni până vineri, în intervalul orar 10.00-17.00.
Ana Pires Nº11218 // CRIMSON
1º exercício da cadeira de Audiovisuais
Curso Arte Multimédia da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Para este trabalho decidi juntar filmagem live-action com animação digital 2D.
Filmei a minha colega Margarida Dordio (Nº11171) e editei o vídeo (relacionando este à música) no programa Adobe Premiere. Depois converti o vídeo para uma sequência de JPEG e, usando o Adobe Animate, desenhei por cima de cada frame (num total de 1456 frames).
Tentei ilustrar como esta personagem, Crimson, consegue alterar continuamente, mesmo que por frações de segundo, o mundo que a rodeia.
Ana Pires Nº11218
Portugal Podre (2012) performance efémera e mal cheirosa
Todos os dias, todos os supermercados e restaurantes e mesmo pequenas mercearias ou talhos, deitam quantidades insanas de comida perfeitamente comestível para o lixo, apenas para manter o mercado a girar à velocidade automática de compra e venda e produção e desperdício a que o habituámos.
Todos os dias Portugal, país pequeno e modesto e sonhador e tantas vezes deveras apático, cai cada vez mais dentro da armadilha da macro-economia europeia em que fomos inevitavelmente inseridos com vista a seguirmos as pressões da maioria.
Enquanto a nossa agricultura evapora e apodrece, esquecemos o que é natural e poluimos o nosso próprio quintal planetário; as garras dos bancos apoderam-se do dinheiro inventado que manipulam e emprestam a seu bel-prazer; passando por cima das vidas e ilusões dos que nunca tiveram a hipótese de olhar o mundo a partir do topo da pirâmide dos privilégios.
Esta performance é um manifesto, esta performance cheira mal, é pegajosa, nojenta até, onírica mas efémera, veio do lixo mas voltará à terra, será enterrada no auge do seu bolor no jardim em frente à assembleia da república portuguesa, quando já nada restar da nossa nação, nem o saudosismo dos descobrimentos, nem a poesia dos navegadores, apenas um odor acre a tudo o que fomos e a tudo o que deixámos perder-se em prol duma alucinação colectiva, que agora virou global, chamada dinheiro.
Será uma marcha fúnebre de protesto que virará festa, antes que o manto do controlo nos manche a todos o coração, revoltemo-nos pelos direitos à beleza e à arte, contra a mecanização dos sentimentos e o esquecimento do sabor dum sorriso.
Adeus Português
Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada
Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor
Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver
Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual
Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal
Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser
Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti
Alexandre O'Neill
Visita de estudo à Fortaleza de Peniche
Visita de estudo à Fortaleza de Peniche com o testemunho na primeira pessoa do Domingos Abrantes e inauguração da bateria Sons da Tortura juntam mais de 140 jovens das Escolas Amigas dos Direitos Humanos. Uma iniciativa no âmbito da campanha STOP TORTURA.